Um post sobre 2019

janeiro 04, 2020

2019 se foi! E eu quase não dei as caras por aqui...
Foi um ano intenso. Em tantos sentidos.
Para mim, particularmente, desafiador.



Janeiro: tomou posse como presidente do Brasil um homem que eu não acreditava que seria eleito: ignorante, machista, misógino, homofóbico e incompetente para o cargo.*

Pelo o menos o resultado no segundo turno deu um alento:
55% de votos válidos: Bolsonaro
44% de votos válidos: Haddad 
Dá esperança para eleições futuras já que não foi um resultado esmagador.



*Apesar de tudo nutri uma esperança de que poderia estar errada mas infelizmente não estava.



Março: As férias foram boas mas bastante um tanto turbulentas por conta da doença do Zeca. Ele ficou internado nas vésperas da viagem. Quase desisti de ir. Mas aí com o apoio da família, adiamos um dia a ida, corremos com ele para fazer exames e consultas e no dia seguinte fomos, eu no misto de coração apertado com alegria pela viagem, pela visita a minha família, com alguns dias de descanso da mente.
Durante a viagem de ida, fui lendo um livro sobre Lampião e Maria Bonita, e teve uma coincidência legal, eu tinha acabado de ler no livro que o bando tinha passado pela cidade tal (não me recordo o nome agora) e quando olhei pela janela do carro, vi a placa indicando que estávamos passando pela mesma cidade! 

Abril: retornei para casa, para cuidar do Zeca (e buscar fechar o diagnóstico do que ele realmente tinha, o primeiro era: câncer no pulmão, o que graças a Deus não foi confirmado) e com um convite da Débora, para eu ser assistente dela, em um curso no Consolador. 
Eu, que agradeci e disse não desde do inicio da conversa, cheguei em casa com a conversa finalizada em: "vou ver direitinho as coisas com o Zeca, como ele fica e tals e dando tudo certo e vou sim te ajudar."
Vai entender!

Nesse mesmo mês o Zeca teve finalmente o seu diagnóstico fechado: polineuropatia do labrador.
Foram exames e mais exames e uma cirurgia realizada no dia 11 com um resultado ótimo! Ele ficou 100%.


De banho tomado, dias após a cirurgia.

Maio: participei de uma das manifestações, junto aos estudantes, reivindicando as verbas para Educação retiradas pelo governo.




Julho: oba! uma pausa! Férias das aulas no Consolador. Poxa, por que mesmo eu aceitei? Eu me perguntei várias vezes. As terças-feiras para mim eram sempre tensas. Eu acordava com frio na barriga e com o passar das horas ia se acentuando.
Nossa como foi difícil e desafiador para mim.
E ainda a Débora teve um problema de saúde e não pode ir em algumas aulas, e eu assumi o conteúdo da aula inteira sozinha, meu Pai! O que foi aquilo?

Foto do último dia de aula antes das férias. A Débora não estava por que estava dodói. Sem querer essa cadeira ficou aí na frente, vazia. Nós dissemos que foi para representar ela. =)

E nesse mês também teve a visita do nosso primo Genilson e da Fátima, sua esposa.





Agosto: teve o dia que o céu de São Paulo ficou negro por conta das queimadas na floresta Amazônica. Que tristeza...Li o relato de um moço que morava próximo aos locais de queimadas e ele disse: se para vocês paulistas verem a fumaça chegando aí, imaginem como está difícil respirar por aqui...




Outubro: o Zeca voltou a apresentar dificuldade na respiração. Novamente mais exames e foi diagnosticado que a laringe presa na cirurgia anterior tinha se soltado...
Nova cirurgia, agora foi presa a cartilagem do outro lado.
Mas, diferente da primeira, alguns dias depois ele continuava do mesmo jeito...
Dessa vez a cirurgia não teve o mesmo resultado.
Triste.

Novembro: encerramento das aulas no CEOC. Eu felizona por ter conseguido ir até o final. Foi muito aprendizado para mim. 
E ainda ganhei a amizade da Débora e dos alunos.
Confraternização da nossa classe, dessa vez com a Débora! (de vestido de bolinhas)
Em uma pizzaria, com direito a amigo secreto de chocolates! 


Cartinha dos alunos, eu que havia comentado com eles de toda a minha dificuldade e medo durante as aulas, colocaram essa frase para me motivarem.

E teve também a festa da Flávia com a Karen. Duas queridonas, que diante de amigos e familiares oficializaram a relação de 10 anos juntas.
E em um ano de tanto preconceito verbalizado sem pudor em palavras e ações, em tanto retrocesso como pessoas pedindo a volta da ditadura e de um AI5, participar desse momento trouxe alegria e alento em saber que realmente o amo é o que nos salva. E demostrá-lo, principalmente em períodos assim, é revolucionário.


   

Dezembro: aquele mês que não curto muito. Muita correria, muita agitação. Esse ano passei o Natal com minha irmã, cunhado e sobrinhos. Foi gostoso e tranquilo.




Nosso Natal.

E claro, aquele tradicional faxinão na casa. 
Essa foto foi para brindar a casa limpa, as unhas feitas e ao cachorro mais lindo do meu mundinho. 

O grande desafio desse ano foi: cuidar do Zeca e ministrar as aulas no Consolador.

O primeiro porque eu nunca tinha cuidado de um cachorro antes, e os momentos de tomada de decisão do que fazer causaram uma certa angústia.
Mas busquei e me apoiei em opiniões positivas de amigos e da minha família, do veterinário/acupunturista, o Diego que virou amigo meu e do Zeca e principalmente na veterinária Aline, que foi quem o diagnosticou e deu todo suporte e atenção para a realização das cirurgias.

E nossa! Quantas orações foram feitas por ele, quantos pensamentos positivos para dar tudo certo! 

E o segundo, pois me senti bem insegura para a tarefa. E em contrapartida busquei estudar para compensar minha insegurança. Mas os alunos foram demais e me apoiaram muito assim como a Débora, parceirona nessa tarefa.
Também busquei um tratamento com a homeopatia e consegui alívio para essas questões e outras que acabaram surgindo.


Com a Débora, na confraternização do Consolador.



2 comentários

  1. Olá querida Alda!

    Foi um ano intenso, né!?
    De tudo um pouquinho.
    Mas, o que percebi, foi que, nunca perdeu a esperança e a fé.

    Desejo a você, tudo de melhor nesse novo ano. E, que, Deus continue cuidando de você com muito carinho.
    Fico feliz em ver um POST lindo assim.
    Tenho saudades de ler suas histórias, sempre tão bem escritas e cheias de humor.
    Deus abençoe você e Zeca .
    Beijos, meu, do Lucas e do Diego Henrique.

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  2. Ah, que delícia de recado! Beijos para os meninos 😘.
    É, foi um ano intenso, desanimador e desafiador.
    Mas que bom que passou.
    Que 2020 seja um ano bom pra nós!!
    Também estava com saudades desse nosso papinho por aqui.
    Beijocas!

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