Estamos realizando um curso teste de final de semana para ver se é atrativo nesse formato.
Tem 16 alunos, no qual 4 são garotas.
Olha que legal levando em conta que o curso é de engenharia mecânica área que até pouco tempo era composta por 99,9% por homens.
Orgulho e admiração por essas meninas.
Minha irmã pelo WhatsApp:
- Tô aqui, tentando me lembrar onde que eu guardei o livro que os meninos me deram. Preciso terminar de ler...
O nome do livro? "Antes que eu me esqueça".
- Tarde de mais, disse ela.
🤷
Eu sempre procuro escrever certinho. Sou meio "Caxias" mesmo.
Dias desses vacilei em um e-mail, escrevi "Aja "(no sentido de agir) mas eu queria mesmo era dizer no sentido de existir, "Haja".
Para quem era o e-mail?
Para uma escritora...
Só uma escritora.
🤦♀️
🤦♀️
Agora a linha de trem Turquesa está operando só com os trens novos.
Dizem que são mais rápidos...dizem.
A questão é que nós trens antigos eu já tava treinada entende?
Livro na mão, caneta enganchada nos dedos para uma anotação, sem precisar me segurar nos ferros.
Ia controlando só com a firmeza das pernas, jogando um pouquinho o corpo de lado para segurar o tranco. Profissa já.
Agora com os novos não dá.
Porque eles não freiam, eles simplesmente param. É essa a impressão que dá.
Parece que o maquinista tava indo de boa, pensando na vida e de repente se lembrasse: eita! tenho que parar aqui!
Por que as paradas desses trens são bem mais abruptas.
Sem dó. Sem aviso para que aqueles que estão com a cara no livro.
Então agora tô em treinamento para segurar o livro, a caneta e no ferro para não cair em cima das pessoas.
Por que a paciência, meu bem, dura pouco.
😄
Dizem que são mais rápidos...dizem.
A questão é que nós trens antigos eu já tava treinada entende?
Livro na mão, caneta enganchada nos dedos para uma anotação, sem precisar me segurar nos ferros.
Ia controlando só com a firmeza das pernas, jogando um pouquinho o corpo de lado para segurar o tranco. Profissa já.
Agora com os novos não dá.
Porque eles não freiam, eles simplesmente param. É essa a impressão que dá.
Parece que o maquinista tava indo de boa, pensando na vida e de repente se lembrasse: eita! tenho que parar aqui!
Por que as paradas desses trens são bem mais abruptas.
Sem dó. Sem aviso para que aqueles que estão com a cara no livro.
Então agora tô em treinamento para segurar o livro, a caneta e no ferro para não cair em cima das pessoas.
Por que a paciência, meu bem, dura pouco.
😄
Meu ramal toca:
- Alda, você tem dipirona aí?
- Peraí Dri, vou olhar.
(...)
- Não, não tenho. Mas vou ver se as meninas aqui tem tá? Te levo aí.
(...)
Olhei ao redor e só a Renata (que começou a trabalhar há poucos dias com a gente) estava fora do telefone.
- Renata, você tem dipirona?
Ela começou a mexer na bolsa procurando e nisso meu telefone tocou de novo, dessa vez era um cliente.
Falando com ele fiz sinal de positivo para Renata quando ela me mostrou uma cartelinha de remédio como que perguntando: olha achei, você quer?
Fiz sinal de positivo com a mão e me virei para parede para abafar um pouco o ruído externo e conversar melhor com o cliente.
Quando eu desliguei a ligação virei de volta e...estava na minha mesa a cartela do comprimido + um copo de água. Olha isso!
Ela pensando que eu era quem tomar o remédio já me trouxe junto o copo com água!
Eu voltando do mercado para casa:
- Moça, por favor. Você sabe o nome dessa rua?
- Poxa, não sei...desculpa. (Apesar de já ter um tanto de anos que eu moro aqui!)
Mas, onde o senhor quer ir?
- Vixe, pior que eu não sei viu... (Oi??? rsrsrsrs)
Explicando: ele já tinha ido fazer uma entrega por ali para um senhor e agora estava voltando mas não tinha o nome da rua, estava tentando achar na "raça".
No trabalho:
- Vai ter Banana System @#$$%@ (não entendi o que ele falou)
- Vai ter bala na sexta-feira? (já pensando em uma possível manifestação)
- Não, vai ter show do Banana System.
- Ah tá...mas Cris, o nome é Baiana System não Banana...
Ri muito depois me lembrando dessa conversa =)
De vez em quando minha tia e minha mãe faziam algumas coisinhas que eram assim para nós, a delícia da vida.
Uma delas era suspiro. E quando dava aquela queimadinha em baixo ficavam mais gostosos ainda.
- Ih! Esses aqui grudaram no papel manteiga.
- Não tem problema, dizíamos. E comíamos com papel e tudo!
Outra coisa era rosquinha que elas faziam o furinho do meio da massa com o dedal de costura.
Depois de fritas passavam no açúcar com canela.
Preparávamos o café e...
****
Minha mãe também fritava banana e depois passava no açúcar com canela.
Eu colava a minha ali no cantinho do prato para ser a minha sobremesa.
*****
(Adolescência)
Domingão depois de limparmos a cozinha do almoço eu falei para minha irmã Alda:
- Acho que vou lá na casa da Léla. (minha amiga da adolescência)
Ela topou e fomos juntas.
Chegando lá a mãe da Léla estava fazendo o almoço (olha a diferença de horário!).
Quando ficou pronto ela convidou a gente:
- Meninas, vem almoçar!
- Não, obrigada. A gente já almoçou!
Mas daí quando vimos aquele arroz branquinho e o camarão no molho...salivamos.
- Ah...a gente vai querer sim!
E almoçamos de novo. E repetimos o prato!
Também tínhamos o hábito, eu e minha irmã, de domingo a tarde irmos dar umas voltas pelo bairro. Íamos muitas vezes longe nessa caminhada. A gente conversava, paquerava e ríamos, muito.
E quando encontrarmos uma padaria ou bar que vendia sorvete a gente entrava e comprava o sorvete de brigadeiro da Kibon.
Hoje, muitas vezes escolho esse sabor para matar a saudade daquelas tardes de andanças. (mas também por ele ser muito gostoso!)
Também tínhamos o hábito, eu e minha irmã, de domingo a tarde irmos dar umas voltas pelo bairro. Íamos muitas vezes longe nessa caminhada. A gente conversava, paquerava e ríamos, muito.
E quando encontrarmos uma padaria ou bar que vendia sorvete a gente entrava e comprava o sorvete de brigadeiro da Kibon.
Hoje, muitas vezes escolho esse sabor para matar a saudade daquelas tardes de andanças. (mas também por ele ser muito gostoso!)
*****
Carnaval e a turma de ripongos resolveu ir acampar.
Litoral norte, praia afastada, tudo de bom.
Uma senhora do camping também servia almoço.
Arroz, feijão, peixe frito e salada. Tudo muito simples e fresquinho. E na boa, foi uma das comidas mais gostosa que já comi até hoje.
No último dia não tinha peixe, ela falou: Se vocês quiserem posso fritar ovo...
Ah...nem preciso falar nada né?
(Amo ovo frito!)
(Amo ovo frito!)
Eu declarava:
- Eu não gosto de feijoada. Nem de feijão preto.
E todas as vezes que a minha tia fazia e chamava a gente para almoçar meu tio comprava um frango assado na padaria para mim.
Mas daí, fui sentindo aquele cheiro bom vindo da panela, fui misturando com aquela farofinha, couve...
- Tio, não precisa mais comprar frango para mim não tá? A tia me convenceu que feijoada é uma delícia!
(A dela é a melhor!)
*****
Dia da castração do Zeca.
Eu estava segura. Em nenhum momento eu pensei que algo daria errado. Apesar da idade avançada dele, apesar de lembrar daquela máxima: cirurgia é cirurgia.
Eu estava segura. Em nenhum momento eu pensei que algo daria errado. Apesar da idade avançada dele, apesar de lembrar daquela máxima: cirurgia é cirurgia.
Mas eu tinha aquele friozinho bem no pé da barriga.
Quando a cirurgia acabou a doutora me falou, deu tudo certo! Agora é só esperar ele voltar completamente da anestesia e já pode ir para casa.
A casa da Cris era perto e ela já tinha me convidado: vem almoçar aqui enquanto você espera.
E eu fui. E chegando lá tinha: arroz e feijão fresquinhos, ovo frito e a aquela linguiça pequenininha e apimentada bem fritinha e suco de limão.
Não tinha comida melhor para acompanhar a minha sensação de alívio por tudo ter dado certo.
A sobrinha de uma amiga passou na USP, vai fazer farmácia.
Voltou toda feliz da primeira ida ao campus, contou que os veteranos estavam esperando os calouros na saída do Metrô para explicarem o caminho.
Chegando lá mostraram os principais pontos e deram várias dicas para a facilitar a vida dos novatos por lá.
P.S: Essa notícia é um respiro no meio de tantas notícias tristes e chocantes que tivemos por esses dias...
Quanta tristeza nesse nosso país.
Um presidente sem noção. Conluios. Liberação de (mais!!) agrotóxicos. Facilidade para posse de armas. Violência comendo solta. Partida do Jean Wyllys por medo de ficar no pais.
Tá demais. Tá demais.
E ainda nem completamos 1 mês de governo.
Um presidente sem noção. Conluios. Liberação de (mais!!) agrotóxicos. Facilidade para posse de armas. Violência comendo solta. Partida do Jean Wyllys por medo de ficar no pais.
Tá demais. Tá demais.
E ainda nem completamos 1 mês de governo.
Um amigo contou que um dia no trabalho (e estava sendo um dia meio estressante por sinal) do nada ele levantou a cabeça e falou para os colegas ao lado:
- Eu vou ser pai...
O pessoal começou a comemorar e perguntaram:
- Sua esposa te falou isso agora? Te ligou?
- Não. Sei lá. Eu senti isso agora, vou ser pai.
Em casa a noite, depois do jantar a esposa dele disse:
- Peraí que eu tenho um presente para você.
Ele disse:
- Olha eu acho que eu já sei o que é. Mas pega lá.
E ela voltou do quarto com uma caixa de presente. Dentro um par de sapatinho de bebê. Ela estava grávida.
- Eu vou ser pai...
O pessoal começou a comemorar e perguntaram:
- Sua esposa te falou isso agora? Te ligou?
- Não. Sei lá. Eu senti isso agora, vou ser pai.
Em casa a noite, depois do jantar a esposa dele disse:
- Peraí que eu tenho um presente para você.
Ele disse:
- Olha eu acho que eu já sei o que é. Mas pega lá.
E ela voltou do quarto com uma caixa de presente. Dentro um par de sapatinho de bebê. Ela estava grávida.
Eu tinha uns 12 anos e cuidava da casa enquanto minha mãe costurava
no quarto dos fundos para ter o dinheirinho dela e para ajudar com as
despesas de casa também.
Meu irmão com 6 anos, acordava, tomava café e ia para a rua brincar. Lá pelas 10h ele voltava correndo e dizia para minha mãe:
- Quero vitamina de banana!
E minha mãe respondia: pede para a Aldaneire fazer.
Eu
fica p. da vida. Eu tinha que parar o que estava fazendo para fazer a
tal vitamina que era a coisa mais fácil do mundo: colocar leite, banana e
açúcar no liquidificador e bater um minuto.
Eu ficava indignada: por que ele não pode fazer? Por que tenho que parar o que estou fazendo?
Um dia me recusei a fazer. Argumentei que ele mesmo poderia fazer. Minha mãe ficou brava comigo, se levantou e foi fazer.
Eu
me senti mal por ver ela parar suas costuras e fazer algo que eu
poderia ter feito. Mas queria que ela entendesse que aquilo não era
justo.
Comigo e com minhas irmãs ela sempre foi incentivadora,
sempre disse: você já pode fazer isso sozinha, quando pedíamos algo. O
que de fato sempre agradeci por essa educação, pois nos tornamos
mulheres de iniciativa e não tementes a tarefas difíceis.
Mas com meu irmão o tratar era diferente...e eu não conseguia entender isso.
Então me acostumei a ser chamada de feminista, algumas vezes isso era dito com uma graça outras com a intenção de me insultar. Não me importava e sempre respondia: sim, sou mesmo.
Eis que chegamos aos tempos atuais e ufa! Eu não estou sozinha. Pois muitas vezes me sentia assim. Sozinha.
Em conversas com amigas elas até concordavam com meu posicionamento, mas geralmente em frente a um homem (geralmente seus parceiros) a atitude mudava um pouco. Ficavam mais quietas.
Então novos tempos chegaram e eu percebi que não, eu não estava sozinha. E sim desinformada.
Há tempos há mulheres lutando pelos seus direitos e contra o machismo.
Dá para acreditar que tiveram que lutar pelo direito de votar? de estudar? Que trabalhavam uma carga horária muitas vezes maior que um homem e ganhavam menos simplesmente por serem mulheres?
E que feminismo é no plural? Feminismos. Isso mesmo. Existem vários feminismos, não é uma luta única.
Uma mulher branca luta por direitos diferentes de uma mulher negra.
A mulher negra precisou (e ainda precisa!) além de lutar por esses direitos, lutar para ser reconhecida como mulher!
Uma mulher branca luta por direitos diferentes de uma mulher negra.
A mulher negra precisou (e ainda precisa!) além de lutar por esses direitos, lutar para ser reconhecida como mulher!
Quanta tristeza...e tem muita gente que acha que isso é mimimi.
Mas não é. Infelizmente é a realidade.
E feminismo não é a palavra da moda, é posicionamento mesmo.
E que bom que somos muitas. E somos mais. Sexo frágil? Que mentira absurda.