Não me conformo. A frigideira, a panela que mais precisa ter uma tampa, de praxe, é vendida sem.
.
Outra coisa que não está nos conforme é a temporada da mexerica ser no outono e inverno. Nada a ver. Mexerica é cÃtrica, cheia de caldinho, casca cor laranja vibrante! Tudo a ver com o verão.
.
Detesto ficar com as unhas compridas e na mesma proporção, detesto ter que cortá-las. Já se alguém cortar para mim, adoro.
.
Por favorzinho, parem de ficar anunciando: faltam 10 semanas para o Natal, faltam tantos dias para o Natal.
Se não me bastasse os panetones em outubro nos mercados, agora tem essa contagem regressiva. Não, né?

Dia 11 de setembro, entrou para a nossa história.
Foi luta para tirar esse ser do poder.
Nunca vou entender quem deu voto para ele.
Nunca, nunca vou entender que "era uma escolha difÃcil".
Foram muitas manifestações. Muitos abaixo-assinados, muito repúdio nas redes sociais, contra o absurdo que foi os 4 anos de gestão desse Coiso.
Mas essencialmente foram os votos nas urnas que o tiraram do posto.
E isso foi lindo demais.
Porque a tentativa de golpe começou daÃ.
Depois de mais de 30 anos morando na mesma rua, minha irmã se mudou. De bairro e de uma casa para um apartamento.
Uma baita mudança. Ainda mais para uma virginiana, ela disse.
Conversando com o Felipe, meu sobrinho, ele disse que demorou para cair a ficha. Que no inÃcio, na mente dele, aquela mudança era temporária, que logo eles iam voltar para a casa que ele sempre morou.
Entendo ele. Quando eu era adolescente e imaginava o futuro, pensava que iria morar naquela casa no Jd.Rodolfo Pirani/Pq.São Rafael até me casar.
E não é que eu sonhava em me casar, é que esse era o roteiro padrão da época mesmo.
Até que meu pai, que sonhava com isso há muito tempo, resolveu de fato voltar a morar em Altinho, Pernambuco.
E de lá pra cá, acho que morei em umas 8 casas. Olha só.
Mas somente lá no Pirani eu tive a sensação de pertencimento. Nem mesmo nesta casa atual, onde moro há uns bons anos, tenho a sensação de “este é o meu bairro”. Ele me é sim, bem familiar, claro. Mas não tenho o mesmo sentimento por aqui que tive na minha infância até a adolescência.
Lá, a gente só não sabia os nº/nomes das ruas, quanto o que tinha em cada uma delas.
“Ali na 47, sabe? Perto da casa daquela mulher que faz bolo de aniversário?”
“Cê viu? Pintaram aquela casa da 48, do lado da vielinha. Ficou bonita. Gostei daquele azul clarinho.”
Tudo era muito Ãntimo, ou pelo menos, muito conhecido.
Tem uma música dos Racionais que acho que retrata bem isso:
“Chegou fim de semana todos querem diversão
Só alegria nós estamos no verão, mês de janeiro
São Paulo, zona sul
Todo mundo à vontade, calor céu azul
Eu quero aproveitar o Sol
Encontrar os camaradas prum basquetebol
Não pega nada
Estou a uma hora da minha quebrada
Logo mais, quero ver todos em paz...”
Me lembro do dia que a Alda, minha irmã disse isso: quando a gente tá voltando de Santo André, quando o ônibus chega ali perto do Baronesa (mercado) a gente já sente uma coisa diferente, dá uma sensação boa de estar chegando em casa, na nossa área.
E eu pensei, poxa, é verdade. Também sinto isso.
Lembro que nesse caminho, de Santo André para o Pirani, a gente vinha admirando as casas, que eram grandes, e mais pomposas. Chegando no Rafael, já ia mudando. As casas eram mais simples, mais apertadinhas uma com as outras, mas as ruas eram mais animadas, mais movimentadas, mais a gente, mais nossas.
Hoje, quando o pensamento volta pra lá, vem uma sensação tão boa, que é até difÃcil de descrever.
Depois de anos que tÃnhamos nos mudado de lá, voltamos eu e
Alda, para ver o pessoal e a mulher que tinha comprado nossa casa deixou a
gente entrar.
A fachada já estava totalmente mudada_o que já dava um aperto no coração. Cadê
o pé de boldo, cadê o portão baixo de madeira?
Mas daÃ, já dentro da casa, passamos pelo banheiro e meu coração quase parou. Esse sim, estava exatamente do jeito que meu pai fez. Quando vi de novo aqueles azulejos azuis com umas nuances de branco (que pareciam muito nuvens no céu)_nossa, difÃcil descrever o que senti. Que sensação maravilhosa.
Parece que pude ouvir o rádio ligado tocando as músicas que minhas irmãs gostavam ou programa do Eli Correa que minha mãe ouvia enquanto costurava.
O barulho do meu irmão e dos meus primos brincando no quintal.
Minha tia avisando a minha mãe que o caminhão do gás tava passando.
A gargalhada da Sônia, nossa vizinha. O barulho do ônibus parando no ponto em frente a nossa casa.
Tudo isso foi vivido só lá. Na rua Júlio César Moreira, nº3B que depois virou 1.380.
[A gente morava em São Paulo, mas bem perto da divisa com a
cidade de Santo André.
E ainda, morávamos no Bairro Jd.Rodolfo Pirani, que fazia divisa com outro bairro, o Parque São Rafael. E a gente se misturava por ali.]
Um noivo "divertidão", no dia do casamento, colou na sola do sapato um papel escrito "Socorro!".
Então, quando ele e a noiva se ajoelharam no altar, todos os convidados leram e riram.
O padre cancelou o casamento.
*
Uma moça disse que sempre que contava a novidade _marcamos a data do casamento!_ para um parente ou amigo, ouvia: "ê fulano, acabou pra você heim?" ou "poxa, até que enfim o fulano parou de te enrolar né?"
Ela prontamente respondia: "não, ele não tava me enrolando...a gente só tava juntando a grana para poder comprar tudo, casa, móveis..." ou "péra, ele quer casar comigo gente, ninguém tá forçando ele a nada não, não é fulano? Ele tinha a opção de ficar na casa dos pais, mas escolheu casar comigo para formamos nossa famÃlia."
*
No cursinho de noivos, o padre disse que iria dar um conselho matrimonial para as mulheres e outro para os homens.
Para os homens o conselho foi: não se esqueçam das datas importantes, de namoro, de casamento...isso é importante para as mulheres.
Para as mulheres: fiquem sempre bonitas e arrumadas, mesmo em casa, no dia a dia. Assim vocês evitam do marido começar a "olhar para os lados".
*
Durante a festa de casamento a noiva joga o buquê para as mulheres pegarem.
E o buquê é disputado pois aquela que pegar "uau! será a próxima a casar".
E caso a "sortuda" tenha um namorado, nesse momento ele será zoado com vários "ihhh, fulano se ferrou!"
(E todos, não sei o porquê, acham graça dessa cena...)
Já o noivo, joga a caixa de uma garrafa de uÃsque para os homens, aquele que pegar, ganha a bebida.
*
Eu poderia fazer um baita textão aqui.
Mas acho que basta as reflexões que vem sobre tudo isso.
Sério, vai lá. Lê novamente.
Deduziu mais coisas, não foi?
E se ler de novo, vem mais. Pode acreditar.
E quanto disso tudo, nós mulheres, contribuÃmos para que seja perpetuado?
Rindo junto com os demais diante desses comentários, fazendo igual porque a tradição assim manda, não questionando se cabe tal conselho, ou ainda, defendendo: nossa, mas ele só tava brincando!
Às vezes pode ser por ignorância mesmo, por nunca ter refletido sobre, mas pode ser por falta de coragem, para não seguir essas tão bem engendradas pelo patriarcado.
E é assim mesmo que os homens gostam e querem...
Bom, olha eu aqui fazendo textão. Mas é que tudo isso é muito injusto com a gente.
E até quando a gente vai fingir que tá tudo bem?
O gostoso de comprar livro na pré-venda é que depois, quando você menos espera, o carteiro te entrega um pacote e você fica_ué....o que é isso mesmo?_ e quando abre: uia! é o livrinho! =)
Muito bom.
Quando você tá escovando os dentes ou mexendo uma panela no fogão, você coloca a mão livre na cintura? Eu coloco.
.
.
Pra mim é difÃcil entender a pessoa que tem miopia e não usa os óculos.
.
Ouvi dizer também, que 1 laranja por dia, supre a necessidade diária de vitamina C.
.
A prisão domiciliar do Coiso foi decretada. Sim, comemorei! Demorou, mas até que enfim, aconteceu.
Mas não rolou a cervejinha porque_não sei se estou sendo otimista ou ingênua demais_tô aguardando a prisão na Papuda para tal ritual.
(E agora tá combinado a companhia da Cris para este momento 🙂)
Eles estavam saindo juntos há um tempinho e se curtindo bastante.
Caminhava para o inÃcio de um bom relacionamento.
E aà ela pensou: tá, mas...como vai ser isso? Eu tô aqui tocando meu planejamento para ir morar fora. Como vamos ficar?
Eles iam se encontrar a noite para comer uma pizza e ela decidiu – Preciso falar sobre isso com ele hoje.
Ficou apreensiva, pois sim, ela estava apaixonada por ele e sentia que era correspondida.
Como ele iria reagir? Poderia pensar que era um daqueles desejos que a gente fala assim, “ah, eu gostaria de um dia morar em outro paÃs” e depois nem se lembra mais disso.
Mas não, para ela era um desejo real que ela se preparando para realizar. Não já, não naquele ano. Mas iria acontecer.
Ou seja, se ele não desse bola ou respondesse, “taà uma coisa que eu não penso, morar fora”.
Ela, decidida pensou: daà não tem porque a gente continuar com esse relacionamento.
Bom, se encontraram e no final da noite ela puxou o assunto e disse: o que você acha disso?
- Poxa, eu também tô em busca dessa oportunidade sabia? Vamos juntos então? Ele respondeu.
Quando eu ouvi essa história eu pensei: poxa, como é bom a gente não ser carente, não é mesmo?
Sei que nós, mulheres, somos muito influenciadas desde pequenas a buscar sermos amadas por alguém, ou melhor, por um homem.
Ainda há quem pense que uma mulher sozinha é uma mulher rejeitada, “ninguém quis ficar com ela.”
Então, essa moça, estando apaixonada e sendo correspondida, poderia ter desistido facilmente do seu desejo. Talvez, nem teria tocado nesse assunto com medo de perder o pretendente.
Vai que ele perde o interesse? Vai que os desejos dele sejam outros?
Talvez, se ela fosse uma pessoa insegura ou dependente, teria aberto mão do que sonhava para embarcar nesse relacionamento, que era sim, promissório. Mas a que custo?
De seguir a vida com ele, mas pensando: poxa, e se eu estivesse morando agora em algum lugar da Europa?
Moça corajosa. E sortuda. Porque, cá pra nós, homens costumam ter medo de mulheres corajosas.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Eles seguem juntos. Primeiro foram morar em um paÃs beeem gelado aproveitando uma proposta de trabalho que ele recebeu.
Acharam bem legal, mas o quesito “frio” fez eles voltarem para o Brasil.
Agora, eles estão na Espanha. Amando aquela cidade alegre e vivenciando coisas incrÃveis por lá.
E por falar em cerveja, já faz é um tempo que eu coloquei uma na geladeira só esperando a notÃcia que aquele ser, sem escrúpulos, mal caráter, racista, machista, misógino, genocida, golpista e cagão, está preso.
Tá aÃ, mais uma cerveja que eu vou tomar com muito gosto.
Teve uma época que eu e a Alda, minha irmã, saÃamos para dançar todo sábado à noite. Ô tempo bom!
TÃnhamos muito pique. Pouco dinheiro e todos os passinhos decorados.
O objetivo era sim, dançar. A noite toda. Mas claro, a gente também paquerava, ficava com alguns garotos e até fizemos uma turminha.
Ainda tinha a sessão de músicas lentas, que a gente aproveitava para ir ao banheiro, dar uma ajeitada na roupa, retocar o batom.
Geralmente a gente ia com o dinheiro contado para as passagens de ônibus e um refrigerante. Muita vezes, só para o busão mesmo.
Teve uma vez, que saÃmos ofegantes da pista de dança e mortas de sede. Fomos pegar um refri e o moço disse: acabou, só tem cerveja agora.
Olhamos desanimadas uma para outra: poxa.
A gente não tomava cerveja.
Ficamos ali alguns minutos e a Alda disse: ah, vamos pegar uma cerveja né? Fazer o quê.
E...que delÃcia tava aquela cerveja! Desceu que desceu pelas nossas gargantas sedentas.
- Nossa, tá boa né? Dissemos uma para outra.
Era um daqueles copos bem grande e a gente que pensava que iria tomar somente uns goles acabamos por tomar tudo.
Depois, nas saÃdas seguintes voltamos para o nosso refrigerante mesmo.
Mais aquele copão de cerveja ficou na nossa memória.
Ontem, eu estava escutando as músicas dessa época e mais uma vez me lembrei desse dia.
Página de um livro bom.
Toda minha admiração para as mulheres que vão supercedo para a academia e depois vão direto para o trabalho.
Elas levam para a academia a roupa do trabalho no cabide, sapato, produtos para o banho, hidratante, toalha e secador de cabelo.
Sério, é muita determinação.
.
Você já passou creme de pentear no corpo, achando que era o hidratante? Eu já.
.
20 de junho, às 23h42, invernão chega hein? Êh beleza!
.
Hoje de manhã, passei na padaria pra comprar pão e lembrei de pegar também um pacote de bolacha doce por que né? Nada melhor de terminar de tomar o café com uma coisinha doce.
Mexi e remexi pra pegar um pacote que não estive com as bolachas quebradas.
Chegando em casa, o pacote caiu no chão e eu pisei em cima.
Êh, beleza!
.
Post para (mais uma vez) tirar a poeira por aqui.
Sábado a tarde.
Fiquei uns 20 minutos no ponto de ônibus e ele assim, totalmente absorvido pela leitura.
Que livro será esse? Fiquei pensando.
Ô coisa boa quando um livro faz isso com a gente. Nos tira da realidade. Tudo o que a gente quer é ir passando as páginas.
Uma música faz isso também. Um filme. Uma peça de teatro.
A gente não quer só comida, já disseram os Titãs.
Mas também não dá pra fazer arte com a barriga vazia, disseram os Racionais. O que é importante não esquecer.
Chutei que seria um suspense. Sidney Sheldon? Pode ser.
Só sei que nada, nada tirava a atenção dele desse livro. Bomdimais.