O Natal do prof.Omar

dezembro 07, 2020

Certa vez o prof.Omar me contou que o Natal na casa dele é no último domingo de novembro.

Isso mesmo, último domingo de novembro.

Em outubro a esposa sai para comprar os presentes. Encontra todos facilmente, principalmente os das crianças já que nesse mês tem o dia delas.

Em novembro ela ajeita a casa, compra os mantimentos para a ceia, organiza os presentes e finalmente comemoram.

Tudo é igual, como se fosse dia 25 de dezembro (que aliás é uma data fictícia né? Cês tão ligados que não é esse o dia de fato que Jesus nasceu), a alegria, o prazer de estarem juntos.

E aí, passado a comemoração, eles estão livres para fazerem o que quiserem. A filha, disse ele, espera as aulas acabarem (ela é professora também), pega is filhos e o marido e vão para a Bahia, alugam uma casa em uma cidade bem tranquila, perto do mar e de lá só voltam no final de janeiro.

O filho vai passar o Natal na casa dos sogros, sem nenhum peso de coincidência ou conflito para a famigerado questão: o Natal a gente vai passar com a minha família ou a sua?

E o professor e a sua esposa ficam de boa em casa, fazendo o que gostam, sem precisarem sair na muvuca que geralmente é esse dia.

Resumindo:

- eles fogem de toda correria e stress típicos desse período do ano

- quando se encontram estão tranquilos e realmente conectados naquele momento

- se for preciso trocar algum presente fazem isso de boa

- têm a opção de cada um fazer o que quer no dia 25

Eu amo essa ideia deles. Amo! Tão inteligente. Tão mais sentindo um Natal assim.

Meu espírito natalino é muito mais essa versão. Quem sabe um dia teremos mais adeptos a essa ideia e cada um escolha o melhor dia para comemorar a chegada de Jesus aqui na terra.

Enquanto isso não ocorre eu sigo aqui, ficando borocochô e cansada quando cada dezembro começa.



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